Olá internautas, todas as semanas vamos colocar noticias quentinha. Fiquem atentos. Queremos oferecer neste site muitas dicas para cuidar da sua saúde. Pôs queremos do que a de melhor a todos vocês. Veja algumas informaçoes destacadas abaixo.
Depois de uma atuação marcante, daquelas dignas de um Oscar, há atores que não conseguem desvincular sua imagem da do personagem e, por isso, passam a vida inteira tentando mostrar que são capazes de surpreender em papéis diferentes. No universo da nutrição há um caso assim. Veja só a estrela desta reportagem, a gordura poliinsaturada ômega-3.
Há um bom tempo, ela é ovacionada por desempenhar com maestria a função de protetora do peito. "Esse ácido graxo de fato reduz a absorção de LDL, o colesterol ruim, e faz com que o HDL, versão benéfica dessa molécula, apareça em maior quantidade. Assim, previne a obstrução das artérias e o surgimento de doenças cardiovasculares", atesta Maria Aquimara Zambone, nutricionista do Hospital das Clínicas de São Paulo. Nos últimos tempos, porém, a ciência vem mostrando que o ômega-3 é capaz de brilhar em outros cenários, muito diferentes daqueles da cardiologia. Logo, não hesite em colocálo sob os holofotes, em cima da mesa, na forma de peixes de água fria — como sardinha, salmão e atum — ou linhaça, nozes e óleo de canola. As vantagens dessa escalação para prevenir doenças renderá ótimas críticas.
Obesidade
"O ômega-3 é um ótimo aliado para evitar o aumento do peso", afirma dennys Cintra, professor de nutrição da universidade estadual de Campinas, no interior paulista. a descoberta, prestes a ser publicada na revista científica americana PloS ONE, aconteceu após o pesquisador avaliar a reação de cobaias obesas à suplementação com o nutriente. a principal evidência é de que o excesso de gordura saturada, aquela da carne vermelha e dos queijos gordos, faz o cérebro disparar um alerta para o sistema imunológico. ao entender que o organismo está em perigo, nossas defesas liberam proteínas pró-inflamatórias, as citocinas. e, quando elas entram em cena, atrapalham o modo como a massa cinzenta interpreta mensagens importantes, como a de que há comida no corpo. "Se essa informação não é perceptível, a fome permanece", conclui Cintra. Mas a atuação do ômega-3 impede a cascata de encrencas e, então, o sinal da saciedade soa. outro dado surpreendente: a menor dose da gordura foi a mais eficaz. uma porção de sardinha já supre essa demanda.
Transtornos do humor e alcoolismo
Um trabalho da universidade de indiana, nos estados unidos, mostrou que ratinhos bipolares alimentados com óleo de peixe, rico em ômega-3, deixaram a depressão de lado e, quando submetidos ao estresse, não tiveram crises de euforia. "esse estudo revela que o dHa, uma das principais frações da gordura, altera a atividade dos genes ligados à bipolaridade", avalia o psiquiatra teng Chei tung, da universidade de São Paulo, a uSP. No meio do caminho, os cientistas ainda se depararam com um efeito inesperado: houve redução no desejo por álcool, comum entre os portadores da doença. "Não dá para prometer a solução desses quadros só com uma dieta cheia de ômega-3, mas ele pode auxiliar muita gente", opina tung.
Depressão pós-parto
Já que o assunto é humor, vale dizer que investir no ômega-3 na gravidez livra a mulher da temida tristeza pós-parto. a conclusão é de um trabalho da universidade de Connecticut, nos estados unidos. enquanto uma parte das 42 voluntárias consumiu cinco cápsulas de óleo de peixe por semana, a outra recebeu óleo de milho. Seis meses depois de o bebê nascer, a turma do ômega fez menos pontos em uma escala que calcula a incidência de depressão nas mães. "a deficiência de dHa tem sido associada a baixos níveis de dopamina e serotonina, substâncias que agem no cérebro proporcionando bem-estar", diz Michelle P. Judge, autora da pesquisa. Comer de duas a três porções de peixes como a sardinha por semana seria o suficiente para se blindar contra o baixo-astral.
Funções cognitivas
Colocar o ômega-3 no prato não favorece apenas as futuras mães. "o nutriente auxilia no desenvolvimento do cérebro do bebê, conferindo ao órgão forma e funcionalidade", explica Sandra Chemim, coordenadora do curso de nutrição do Centro universitário São Camilo, na capital paulista. e atenção: a massa cinzenta e os nervos dos mais crescidos também precisam dessa gordura do bem. "ela recobre a membrana dos neurônios, que, bem protegidos, disparam sinais com mais velocidade. assim, o aprendizado é facilitado", comenta dennys Cintra.
Degeneração macular
A combinação entre predisposição genética e lesões causadas pela exposição solar pode resultar nessa doença que representa uma das cinco principais causas de cegueira no brasil. "Há um importante fator inflamatório por trás do quadro", diz o oftalmologista Renato Neves, diretor do Eye Care, Hospital dos Olhos, em São Paulo. Por isso, o ácido graxo é essencial para barrar danos na retina. Foi exatamente o que pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, constataram depois de acompanhar quase 40 mil mulheres por dez anos: quem alegou comer uma ou mais porções de peixe por semana apresentou uma probabilidade 42% menor de sucumbir ao problema.
Periodontite
Outro chabu causado por inflamações — o alvo desta vez são as gengivas — e amenizado com o consumo de fontes de ômega-3. A prova veio de mais um levantamento da Universidade Harvard. "Dos adultos analisados, os que consumiram frações de DHA com frequência corriam um risco 30% menor de sofrer de periodontite", revela Asghar Naqvi, líder da pesquisa. Um dos perigos de desenvolver a doença, completa o cientista, é que ela aumenta o risco de ataque cardíaco. Uma porção de peixe por semana garante a proteção.
Câncer
antes de assegurar que a gordura dá força no combate a tumores, Maria isabel Correia, titular de cirurgia da universidade Federal de Minas Gerais, revisou trabalhos publicados sobre o tema entre 1997 e 2008, nas línguas portuguesa, espanhola e inglesa. "o câncer se comporta como uma inflamação crônica e essa situação interfere na produção de substâncias que controlam o apetite", conta a professora. "os estudos mostram que usar o ômega-3 para diminuir o estado inflamatório devolve a quem tem câncer o desejo de comer." Com a alimentação em dia, os tratamentos são mais bem tolerados. "Mas, se o indivíduo não receber os nutrientes adequados às suas necessidades, a gordura não opera milagres", avisa ela.
Perda de massa muscular
Saiba: com o passar dos anos, os músculos vão literalmente minguando. o processo, denominado sarcopenia, muitas vezes resulta em quedas e fraturas graves. a boa-nova é que o bendito ômega turbina a síntese de proteínas e, assim, impede a degradação das fibras musculares. Pelo menos foi o que evidenciou uma pesquisa da universidade de Washington, nos estados unidos, após o nutriente ser adicionado à rotina de alguns voluntários maduros. "Se o efeito se comprovar em outros trabalhos, os idosos que fazem musculação poderão caprichar no ácido graxo", diz a nutricionista daniela Seixas, que foi palestrante do vii Congresso internacional de Nutrição Clínica Funcional, realizado no mês passado, na capital paulista.
Artrite reumatoide
A doença aparece quando algumas células do sistema imune sofrem uma pane e passam a atacar sem piedade as articulações, causando inflamação, dor, fraqueza e limitação dos movimentos, entre outros sintomas. "o tratamento visa minimizar o desconforto, já que a artrite reumatoide não tem cura", conta Karin Klack, nutricionista do Serviço de reumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo. e, aí, uma das estratégias para proteger as juntas é investir na ingestão diária de — adivinhe! — ômega-3. "Mais de 15 estudos comprovaram que, juntamente com anti-inflamatórios, ele proporciona o alívio das dores articulares", revela Karin. agora, vem cá: a gordura merece ou não merece um prêmio de melhor coadjuvante?
Uma gordura, três frações
Ácido alfalinolênico
Vem das fontes vegetais, como linhaça, nozes e óleo de canola. No organismo, é transformado em EPA e DHA.
EPA e DHA
Estão nos animais, ou seja, nos peixes de águas frias.
Sua matéria-prima, o cacau, era considerada por maias e astecas o alimento dos deuses. Tamanha veneração talvez tenha se originado da dedução de que as sementes do fruto do cacaueiro escondiam diversas propriedades. Se eram realmente divinas, isso ainda carece de comprovação. No entanto, quase cinco séculos depois de os espanhóis enriquecerem o paladar europeu com um dos sabores do Novo Mundo, sobram evidências científicas de que o chocolate amargo, guloseima com um gosto peculiar justamente por ter maior teor de cacau na sua composição, promove uma série de benefícios para a nossa saúde.
Os resultados de uma das pesquisas mais recentes sobre esse chocolate confirmam que ele protege o coração. Realizado na Universidade Hospital Colônia, na Alemanha, o estudo revela que seu consumo rotineiro reduz os níveis da pressão arterial.O trabalho avaliou 44 pacientes entre 56 e 73 anos, pré-hipertensos ou no estágio inicial do problema. Durante 18 semanas parte deles consumiu 30 calorias diárias, ou 6,3 gramas de chocolate amargo, algo equivalente a um único pedaço de uma barrinha. Os demais participantes ingeriram o tipo branco.
Aqueles ínfimos 6,3 gramas da versão de gosto mais acre derrubaram a pressão que o sangue exerce sobre os vasos a máxima, ou sistólica, em 1,6 milímetros de mercúrio e a mínima, a diastólica, em 1 milímetro de mercúrio. Além disso, a prevalência da hipertensão problema que acomete cerca de 1 bilhão de pessoas no globo e é responsável por milhares de casos de infarto e derrame caiu de 86% para 68%.
A queda de cada 2 milímetros de mercúrio na medida da pressão máxima já diminui bastante o risco de morrer de AVC ou do coração, assegura o cardiologista Marcus Bolívar Malachias, da Sociedade Brasileira de Cardiologia. No estudo alemão, provou-se ainda que tudo isso pode se dar sem alterações no peso e nas taxas de açúcar e gordura na circulação.
O segredo do chocolate amargo está na altísssima concentração de certos flavonóides, como as catequinas, substâncias de nome estranho encontradas no cacau. São elas que agem nas artérias, promovendo a queda da pressão. Esses compostos elevam a produção de óxido nítrico, um vasodilatador natural, explica Malachias, que é diretor do Instituto de Hipertensão Arterial de Minas Gerais, em Belo Horizonte. O endotélio, a camada interna das artérias, fica mais flexível. Assim, o sangue passa por ali gerando menos pressão, explica a nutricionista Vanderlí Marchiori, colaboradora da Associação Paulista de Nutrição.
Para que isso ocorra é preciso que o consumo do alimento seja diário. Bastam de 30 a 40 gramas, ou quatro quadradinhos daqueles tabletes grandes, recomenda Vanderlí. Ela dá outra boa notícia: o chocolate amargo não contribui para a subida do colesterol. Os polifenóis impedem a oxidação do LDL, o tipo ruim da gordura, explica. Eles seqüestram essa molécula, formando um complexo solúvel que é eliminado pela urina.
Uma pesquisa japonesa publicada no periódico americano Nutrition investigou o papel da procianidina, outro componente do chocolate amargo, no controle do diabete tipo 2. Roedores obesos e com o mal consumiram uma beberagem de cacau rica na substância. Passado um tempo, os níveis de açúcar no sangue dos bichos caíram. Segundo os pesquisadores, isso pode ter ocorrido porque as tais procianidinas melhorariam a eficiência da insulina, o hormônio que bota a glicose dentro das células.
"Esse tipo de suplementação preveniu o diabete em camundongos obesos", afirma à SAÚDE! Hirohisa Takano, um dos autores do trabalho. Pesquisas com o chocolate amargo cheio de flavonóides mostraram que a ingestão de 100 gramas diários poderia garantir o mesmo benefício aos humanos, algo que ainda requer mais evidências. Portanto, se você é diabético, é cedo para sair se empanturrando.
Na Espanha, uma pesquisa realizada na Universidade de Barcelona também focou sua mira nos flavonóides do cacau, mas dessa vez com o objetivo de avaliar sua ação no sistema imune de ratos jovens, principalmente em células do batalhão das defesas, como os linfócitos e os macrófagos. Os animais receberam uma dieta enriquecida com o alimento durante três semanas. Depois os especialistas chegaram à conclusão de que houve um aumento na atividade de certas áreas envolvidas com a imunidade.
Isso se verificou com maior intensidade no timo, órgão situado no tórax e responsável pela maturação dos linfócitos T, nossos guardiões contra vírus e bactérias. "Descobrimos também que o cacau protege os neurônios dos efeitos dos radicais livres", conta à SAÚDE! Emma Ramiro, líder do estudo. Mas e o chocolate com isso? Ele é feito com massa de cacau, onde se encontram os flavonóides do fruto, explica a pesquisadora. E repete o que todos os estudos já apontam: Dentre todos os tipos, o chocolate amargo é o que mais contém esse tipo de composto. Assim, ele é o único que pode ter um bom impacto na saúde.
Além de não deixar o organismo fraco e vulnerável, o alimento mantém o humor da gente em alta. Ele possui duas substâncias cujos nomes são uns verdadeiros palavrões: N-oleoletanolamina e N-linoleoiletanolamina. A dupla estabiliza as anandamidas, uma espécie de maconha produzida pelo nosso próprio cérebro. Isso faz com que a sensação de bem-estar proporcionada por elas dure mais tempo, explica Vanderlí Marchiori.
Sem falar na fenilalanina e na tirosina, dois aminoácidos que são precursores da noradrenalina e da dopamina, outra dobradinha envolvida no estado de felicidade natural. Quer motivo melhor para curtir esse sabor amargo? Bom apetite!
O que é infecção urinária?
Ela é caracterizada pela a presença de micro-organismos na urina. O líquido que enche a bexiga é estéril - ou seja, livre de bactérias. Mas, quando esses bichinhos se multiplicam ao redor da uretra e conseguem se infiltrar no canal da urina até chegar à bexiga, desencadeiam uma infecção. "Em 85 % dos casos, o problema é provocado pela bactéria Escherichia coli, que integra a flora intestinal", ressalta Fernando Almeida, professor de urologia da Universidade Federal de São Paulo.
Existem tipos diferentes?
Sim. O mais comum é a infecção na bexiga, a famosa cistite. Mas os micro-organismos também podem atacar os rins, o que é chamado de pielonefrite.
Quais são os sintomas?
"Os clássicos são dor e ardor na hora de urinar", afirma Eduardo Zlotnik, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Pode haver também um aumento da frequência de idas ao banheiro, sensação de bexiga cheia, sangramento ou um simples mal-estar acompanhado de febre.
A doença é transmissível?
"Definitivamente, não", assegura Fernando Almeida. Mas é mais comum que ela dê as caras depois de relações sexuais, porque o pH da região fica alterado. Entre mulheres que variam muito de parceiro, a incidência é comprovadamente maior.
Por que esse tipo de infecção é mais frequente em mulheres?
Elas têm o canal da uretra mais curto e, por isso, é mais fácil as bactérias chegarem aonde não devem. Além disso, elas costumam ter o péssimo hábito de segurar a urina por mais tempo que os homens - um prato cheio para as bactérias se proliferarem.
Por que algumas pessoas têm o problema com mais frequência?
Isso envolve fatores hereditários e imunológicos. A atenção com a higiene é essencial, mas a infecção pode aparecer mesmo em quem toma todo o cuidado do mundo.
Por que as grávidas ficam mais sujeitas a esse tipo de infecção?
Estima-se que de 15% a 20% das gestantes terão ao menos uma vez esse tipo de infecção. Isso acontece porque, durante esse período, o aumento da circulação sanguínea na região pélvica faz a umidade vaginal aumentar, facilitando a passagem das bactérias do ânus para a uretra.
Os homens estão livres da doença?
Não é bem assim. É verdade que esse é um problema tipicamente feminino, mas a infecção também acomete a ala masculina.
Ela é mais frequente em pessoas idosas?
Sim. "A resistência diminui com a idade e, no caso das mulheres, há uma queda de hormônios que deixam a região pélvica mais sensível", diz Eduardo Zlotnik.
Existe alguma forma de prevenir?
Segundo Zlotnik, a recomendação é beber muita água para que as idas ao banheiro não fiquem muito espaçadas. "Assim você vai limpando o trato urinário", explica. Urinar depois das relações sexuais e evitar banhos de imersão também ajudam.
Com índices de mortalidade por câncer e doenças cardiovasculares inferiores à média mundial e menor incidência de doenças como Parkinson e Alzheimer, os países da costa do mar Mediterrâneo têm muita coisa a ensinar sobre saúde aos demais.
A opinião é de Elliot Berry, professor do Departamento de Nutrição e Metabolismo da Escola de Medicina Hadassah da Universidade Hebraica de Jerusalém, Israel, que proferiu no dia 27 palestra na 25ª Reunião da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), em Águas de Lindoia (SP).
Segundo Berry, a boa saúde dos povos mediterrâneos se explica em parte pela alimentação. Mesmo culturalmente diferentes, os países da região partilham alguns ingredientes em comum, entre os quais sete se destacam: trigo, cevada, uva, figo, tâmara, romã e azeitona.
“São alimentos antigos e citados na Bíblia. Dois deles – romã e azeite de oliva – são especialmente bons para a saúde. O azeite reduz o risco de doenças cardíacas e a romã tem alto teor de antioxidantes e diminui riscos de aterosclerose na veia carótida”, disse.
Outro diferencial está no próprio modo de se alimentar, com pequenas porções, refeições bem distribuídas ao longo do dia e aproveitamento de alimentos da época e cultivados nas proximidades, o que garante frescor.
Para Berry, o Mediterrâneo ensina que a alimentação é um componente importante da qualidade de vida de cada país e deve ser quantificada.
Altos e baixos
Berry apresentou uma pesquisa realizada durante dois anos e que acompanhou 811 pessoas, comparando a perda de peso por meio de diferentes dietas. Dietas ricas em gordura, proteínas e carboidratos foram comparadas a outras com baixos teores desses componentes.
“A nossa tendência é dizer que os que receberam baixos índices de gordura, proteínas e carboidratos emagreceram mais. Porém, o resultado foi indiferente, mostrando que para a perda de peso a quantidade de alimentos é mais importante do que a qualidade”, disse.
Além da alimentação, a qualidade de vida é um item importante a se destacar nos países do Mediterrâneo. “O horário das refeições, como você come e até com quem você come podem influenciar na saúde”, disse.
Berry também destacou a importância da prática de exercícios físicos. “Toda vez que pegamos um elevador em vez de usar escadas estamos perdendo uma oportunidade preciosa para queimar calorias”, disse.
Segundo o cientista, a quantidade de alimentos ingerida deve estar diretamente ligada ao nível de atividade física executada. “Somos como uma usina de energia, o combustível que consumimos deve ser compatível com o trabalho gerado”, apontou.
Os dez mandamentos do estilo de vida Mediterrâneo, segundo Elliot Berry:
O que fazer:
1) Consumir mais óleo/azeite de oliva, abacate e amêndoas.
2) Consumir cinco porções diárias de frutas e vegetais.
3) Consumir peixe duas vezes por semana para adquirir ômega 3.
4) Fazer exercícios de 30 minutos pelo menos três vezes por semana.
5) Ter um dia de descanso com a família e os amigos.
O que não fazer:
1) Fumar.
2) Comer demais.
3) Adicionar sal à comida já preparada.
4) Exagerar no consumo do álcool (limite de 20 a 30 gramas por dia).
5) Dirigir em alta velocidade.
Despeje um pouco de azeite de oliva, de preferência sobre peixes e vegetais: um dos mais longos e científicos estudos sobre a dieta mediterrânea sugere que este estilo de se alimentar pode reduzir as chances de problemas cardiovasculares, especialmente acidente vascular cerebral (AVC), em pessoas mais velhas e com alto risco de sofrer esses eventos.
O estudo durou cinco anos e envolveu cerca de 7.500 pessoas na Espanha. Aqueles que comeram ao estilo mediterrâneo, com azeite de oliva e oleaginosas, tiveram um risco 30% menor de ter problemas cardiovasculares graves em comparação com aqueles que, apesar de orientados a seguir uma dieta com baixo teor de gordura, não cortaram muito desse ingrediente da dieta. Por dieta mediterrânea entende-se o consumo regular de frutas, peixe, frango, feijão, molho de tomate, saladas e vinho, com poucas quantidades de doces, bolos e biscoitos.
A dieta mediterrânea já é apontada como saudável para o coração. Mas a recomendação era baseada em estudos de observação. A nova pesquisa é muito mais forte, porque as pessoas estudadas foram divididas em grupos de diferentes dietas e foram seguidas por um longo tempo e cuidadosamente monitoradas. Os médicos inclusive fizeram testes de laboratório para verificar se os voluntários que estavam na dieta mediterrânea estavam consumindo mais azeite de oliva ou nozes do que o recomendado.
A maioria destas pessoas estava tomando medicamentos para baixar o colesterol e a pressão arterial, e os pesquisadores não alteraram estes tratamentos, disse um dos líderes do estudo, Ramon Estruch, do Hospital Clinic de Barcelona. No entanto, como um primeiro passo para evitar problemas cardíacos “pensamos que dieta é melhor do que um remédio, porque tem pouco ou nenhum efeito colateral. A dieta funciona”, disse Estruch disse.
Os resultados foram publicados esta semana na versão online da publicação científica New England Journal of Medicine e foram discutidos em uma conferência sobre nutrição em Loma Linda, Califórnia (EUA).
* Por Marilynn Marchione
Os ossos levam quase 30 anos para alcançarem o auge de sua densidade e cerca de 10 anos depois começam a enfraquecer. Se eles enfraquecerem demais, tornam-se muito porosos e quebradiços.
Em linhas gerais, essa é a lógica da osteoporose. A doença está associada ao processo de envelhecimento. Todo mundo perde óssea a partir de uma certa idade e, para evitar que a osteoporose, é preciso ter dois tipos básicos de cuidados preventivos.
Primeiro, acumule o máximo de massa óssea antes dos 30 anos. Segundo, evite hábitos que acelerem a perda de massa óssea. Nos dois casos, a alimentação exerce papel fundamental.
“A osteoporose é resultado de um balanço entre ganho e perda de massa óssea no decorrer da vida”, resume Rubem Lederman, membro da Fundação Internacional de Osteoporose e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Osteoporose (Sobrao).
Se a doença se instala, não há cura. Apenas tratamento para retardar seu avanço e impedir consequências graves. Como os ossos passam a ser mais porosos, até traumas leves podem causar fraturas. Uma queda corriqueira pode quebrar um fêmur ou a bacia.
O problema afeta 30% dos idosos brasileiros e, nesta idade, a recuperação é mais lenta. São semanas em repouso, com a necessidade de cuidados especiais. “Há risco do isolamento favorecer quadros de depressão ou de doenças cognitivas, como Mal de Alzheimer”, alerta Cristiano Zerbini, presidente da Sobrao.
As quedas podem até matar por complicações no tratamento das fraturas. O organismo dos idosos é mais vulnerável, pode sofrer infecções.
No Brasil, a osteoporose atinge sete vezes mais mulheres do que homens (7,1% delas contra 1,8% deles). E pode surgir antes dos 40 anos por conta de dietas muito restritivas ou pela menopausa precoce. A queda na produção de estrógeno acelera em até seis vezes a perda de massa óssea.
Dose certa
A ingestão adequada de cálcio varia de acordo com a idade:
- Infância: 800 mg a 1200 mg;
- Adolescência: 1200 mg a 1500 mg,
- Vida adulta: 1000 mg;
- Acima de 50 anos: 1000 mg a 1500 mg.
A principal fonte é o leite. Desnatado ou integral, ele fornece 1 mg de cálcio para cada 1 ml da bebida. Na prática, significa que precisamos de 1 litro por dia, na vida adulta.
Mas nem todo mundo gosta de leite. Nem todo mundo é tolerante à lactose. “Adolescentes evitam o leite porque remete à infância. Idosos reclamam porque pode causar desconforto estomacal”, aponta Lígia Araújo, professora do departamento de nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.
Outros alimentos
Não gosta de leite? Tudo bem. Existem peixes ricos em cálcio. A sardinha é a melhor opção, ela oferece metade da necessidade diária de cálcio em apenas quatro unidades (100 g). O badejo tem metade do cálcio da sardinha, mas também é um dos peixes mais ricos na substância.
Feijão rosinha também ajuda. Uma concha e meia (160 g) oferece 10% do cálcio, o mesmo encontrado em duas unidades de laranja lima ou em uma colher e meia de requeijão.
Bebidas à base de soja, em média, oferecem 40 mg de cálcio por copo. A dose pode até dobrar em marcas enriquecidas na substância.
Entre as saladas, a de alfafa é a mais proveitosa, com mais de 500 mg de cálcio por 100 g do alimento. Acelga e agrião também são ótimas opções, com metade do cálcio da alfafa.
Outro alimento rico em cálcio é a azeitona verde, embora seja bem calórica.
Iogurte
No mercado de iogurtes, um novo produto despertou interesse de duas entidades médicas, o Densia, da Danone. Ele deve chegar ao País dia 16 e oferece 50% da necessidade diária de cálcio por pote (100 g).
O produto vem com os selos da Sociedade Brasileira de Osteoporose e da Sociedade Brasileira de Densiometria Clínica.
Os fabricantes explicam que o iogurte tem pouca lactose para evitar desconfortos estomacais em idosos e também é enriquecido em vitamina D. Contudo, os médicos ainda recomendam pelo menos 20 minutos de exposição solar, com uso de filtro e nos horário de menor intensidade, para metabolização da vitamina D. Ela tem papel fundamental na absorção do cálcio.
Nas diversas regiões do Brasil, as pessoas usam palavras diferentes para identificar um refresco adocicado e gaseificado — o refrigerante. Porém, não importa o nome que se use, trata-se de algo que pode provocar sérios problemas de saúde bucal.
Os refrigerantes destacam-se como uma das fontes mais importantes de cárie dental presentes na dieta, atingindo pessoas de todas as idades. Ácidos e subprodutos acidíferos do açúcar presente nos refrigerantes desmineralizam o esmalte dental, contribuindo para a formação das cáries. Em casos extremos, o esmalte desmineralizado combinado com escovação inadequada, bruxismo (hábito de ranger os dentes) ou outros fatores pode levar à perda dental.
Bebidas sem açúcar, que respondem por apenas 14 porcento do consumo total de refrigerantes, são menos prejudiciais1. Entretanto, elas são acidíferas e têm potencial para causar problemas.
Está-se Bebendo Cada Vez Mais
O consumo de refrigerantes nos Estados Unidos aumentou drasticamente em todos os grupos demográficos, especialmente entre crianças e adolescentes. O problema é tão grave que autoridades de saúde como a American Academy of Pediatrics começou a alertar sobre os perigos.
Quantas crianças em idade escolar bebem refrigerantes? Estimativas variam de uma em cada duas à quatro em cada cinco consumindo pelo menos um refrigerante por dia. Pelo menos uma em cada cinco crianças consome um mínimo de quatro porções por dia.2
Alguns adolescentes chegam a beber 12 refrigerantes por dia.
Porções maiores agravam o problema. De 180 ml na década de 80, o tamanho do refrigerante aumentou para 570 ml na década de 90.
Crianças e adolescentes não são as únicas pessoas em risco. O consumo prolongado de refrigerantes tem um efeito cumulativo no esmalte dental. Conforme as pessoas vivem mais, mais pessoas terão probabilidade de apresentar problemas.
O Que Fazer
Crianças, adolescentes e adultos podem se beneficiar com a redução do número de refrigerantes que consomem, e também com as terapias bucais disponíveis. Eis algumas medidas que você pode tomar:
- Substitua o refrigerante por bebidas diferentes: Tenha na geladeira bebidas que contenham menos açúcar e ácido, como água, leite e suco de fruta 100% natural. Ingira essas bebidas e estimule seus filhos a fazer o mesmo.
- Enxágüe a boca com água: Depois de consumir um refrigerante, faça um bochecho com água para remover vestígios da bebida que possam prolongar o tempo que o esmalte fica exposto aos ácidos.
- Use creme dental e solução para bochecho com flúor: O flúor reduz as cáries e fortalece o esmalte dental, portanto escove com um creme dental que contenha flúor, como o Colgate Total® 12. Fazer bochechos com uma solução com flúor também pode ajudar. Seu dentista pode recomendar um enxaguatório bucal que você compra na farmácia ou supermercado ou prescrever um mais concentrado dependendo da gravidade do seu problema. Ele também pode prescrever um creme dental com maior concentração de flúor.
- Faça aplicação de flúor com o profissional: Seu dentista pode aplicar flúor na forma de espuma, gel ou solução.Os refrigerantes são implacáveis com seus dentes. Reduzindo a quantidade que você ingere, praticando uma boa higiene bucal e buscando ajuda com seu dentista e higienista, você pode neutralizar seus efeitos e usufruir de uma saúde bucal melhor.
Se a água mineral for sua fonte principal de água de consumo, você poderá não estar obtendo flúor em quantidade suficiente. Enquanto o flúor é adicionado na água de abastecimento público em 60% dos municípios do Brasil para reduzir a cárie dental, a maioria das águas minerais disponíveis no mercado não contém níveis ideais de flúor.
Diversos fatores são importantes para saber se você está recebendo ou não flúor suficiente, entre eles:
- O nível de flúor na sua água mineral, que pode variar muito entre as diferentes marcas. Se a quantidade de flúor não aparecer no rótulo, peça informações à empresa responsável.
- A quantidade de água mineral que você bebe durante o dia.
- Se você usa a água mineral para beber, cozinhar ou preparar sopas, sucos e outras bebidas.
- Se você também bebe água fluoretada na escola, trabalho ou outros lugares.
Se você bebe principalmente água mineral, você deve conversar com seu dentista sobre a necessidade de tratamentos complementares com flúor -especialmente se tiver filhos. Seu dentista pode recomendar complementação de flúor se achar que seu filho não está recebendo níveis adequados de flúor.
Técnica minimamente invasiva obtém sucesso no tratamento do diabetes tipo 2, revela estudo brasileiro
Uma nova técnica minimamente invasiva obteve sucesso semelhante ao da cirurgia bariátrica no tratamento de pacientes com diabetes tipo 2. De acordo com pesquisa conduzida por especialistas brasileiros do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. O método, chamado de "manga intestinal endoscópica" ou "exclusão duodenal", diminui a resistência à insulina. Ao longo de um ano, 75% dos 16 pacientes submetidos à operação tiveram redução significativa dos índices de glicemia.
A técnica consiste em implantar um dispositivo impermeável, chamado de "endobarrier", para revestir o duodeno e excluir o papel dessa parte do intestino na digestão. "A comida entra e não tem contato com a parede do intestino, isso faz com que órgão pare de fabricar hormônios produzidos nesta etapa, melhorando a produção de insulina pelo pâncreas", explica Almino Ramos, presidente da SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica).
Criado com base na cirurgia bariátrica, o método menos invasivo pode ser realizado por endoscopia ou videolaparoscopia. "Os resultados são semelhantes em ambas as abordagens. Portanto, para casos menos graves e iniciais de diabetes é mais indicado fazer por endoscopia, que é a opção menos invasiva. Já os mais complexos, quando há muito excesso de peso, o ideal é fazer a operação por vídeo", recomenda Ramos.
A colocação do dispositivo deve ser feita numa fase do diabetes em que ainda é possível reverter a função pancreática. "A doença é crônica e progressiva, portanto não adianta colocar o dispositivo quando a capacidade do pâncreas de produzir insulina for nula. Ele é indicado para os pacientes que tomam medicação regularmente e não conseguem controlar o diabetes tipo 2", destaca Ramos.
A técnica praticamente é livre de efeitos colaterais. O presidente da SBCBM explica que alguns pacientes podem ter alguns problemas gastrointestinais nas duas primeiras semanas. "É comum sentir um pouco de náuseas e cólicas no estômago, mas depois de tomar medicação e se adaptar ocorre uma melhora", orienta.
O procedimento é reversível e tem duração de um ano. "Hoje, a recomendação é que o tratamento não ultrapasse um ano; o dispositivo deve ser retirado e recolocado só depois de dois meses", explica Ramos. Esse benefício faz com que os médicos possam indicar o procedimento para pacientes em que ainda não se sabe se a cirurgia bariátrica traria bom resultado. "Ele é menos invasivo e tem os mesmo benefícios. Se ele for eficiente, significa que a cirurgia também será e o paciente pode ser submetido a ela."
O método é contraindicado para pacientes com diabetes tipo 1, visto que não existem estudos que comprovem eficácia da técnica para esses pacientes, e em casos de úlceras e inflamações. "Para colocar, é necessário tratar úlceras e inflamações antes", explica.
Já utilizado em pesquisas clínicas no mundo há 10 anos, o método deve ser aprovado pelo Ministério da Saúde ainda este ano. "No Brasil ele já é testado em pesquisas há 4 anos e, no mundo todo, pelo menos 500 pacientes já foram submetidos ao procedimento", diz Ramos.
O dispositivo já é comercializado em vários países da Europa e no Chile. "A FDA (agência reguladora de alimentos e medicamentos nos EUA) também já começou seus próprios estudos sobre o produto", acrescenta.
Custo-benefício
Com a vantagem de ser menos invasiva e reversível, a exclusão duodenal não tem a mesma eficácia das cirurgias bariátricas invasivas. "A lógica é simples: uma técnica menos invasiva, como colocar um anel no estômago, é menos eficaz para o diabetes tipo 2 do que uma redução de estômago com desvio de intestino. As técnicas mais invasivas são mais eficientes", explica Ramos.
Já o custo-benefício do procedimento é um outro atrativo para quem busca opções para curar o diabetes tipo 2. "O procedimento ainda não é aprovado no Brasil para eu dar um valor exato, mas o custo é metade do valor de uma cirurgia bariátrica por videolaparoscopia", revela Ramos. O valor médio de uma operação por vídeo varia de R$ 15 a 25 mil, segundo a SBCBM.
Peso e colesterol
O estudo avaliou a segurança do método em indivíduos com diabetes tipo 2 e IMC inferior a 35 (sobrepeso e obesidade leve). Um ano após a operação, 12 pacientes tiveram queda elevada dos índices que monitoram a glicemia no sangue e aumentaram a sensibilidade do organismo à insulina. Apenas quatro pacientes não responderam satisfatoriamente ao dispositivo de exclusão duodenal. Os cientistas mantiveram o uso do antidiabético oral metformina durante os 12 meses de observação.
Depois de 52 semanas, o peso também foi reduzido. A média de IMC do grupo passou a ser de 28,5 uma redução média de 3,6 kg/m². Mas os pesquisadores concluíram que a melhora provocada pelo dispositivo a partir da primeira semana após a cirurgia não tem relação direta com a perda de peso.
O estudo também revelou melhora em outros indicadores metabólicos. Ao final de um ano, a taxa de colesterol dos pacientes teve redução média de 135 mg/dL para 108 mg/dL e o nível médio de triglicérides passou de 299 mg/dL para 219 mg/dL. Ambos indicam uma resposta metabólica significativa no controle de doenças cardiovasculares.
Conheça os riscos de limpar o ouvido da criança com cotonete e aprenda qual é o jeito correto de fazer a higiene com dicas de otorrinolaringologistas
Limpar o ouvido da criança com cotonete e sem orientação médica pode comprometer a audição e causar perfuração do tímpano. Por isso, é preciso ficar atento no momento da higienização para evitar problemas futuros. “A limpeza malfeita pode empurrar a cera para o interior do ouvido, provocando dor, inchaço e até surdez”, diz Fayez Bahmad Jr, otorrinolaringologista e Presidente da Associação de Otorrinolaringologistas do Distrito Federal.
Cotonetes
Deixe de lado os cotonetes, pois eles removem por completo a cera, o que não é recomendado. “Eles podem causar traumatismo, além de ocasionar a retirada da cera, que serve como proteção natural dos ouvidos. Prefira a limpeza com toalha macia”, afirma José Stênio, otorrino do Hospital Alvorada Brasília.
Visita ao médico
A Associação Brasileira de Otologia recomenda que os pais levem os pequenos anualmente ao médico para realizar exames de audição. “Nos primeiros meses de vida é obrigatório o teste da orelhinha para avaliar a saúde auditiva. Quanto à higienização, deve ser orientada pelo pediatra a cada consulta de rotina”, diz Stênio.
Como limpar?
Movimentos delicados são essenciais para a higienização. “Os pais devem realizar a limpeza da orelha externa com água e sabonete, da mesma forma como lavamos nosso rosto. A água e o sabonete têm o efeito de dissolver o excesso de cerume no canal auditivo e impedir rolhas de cera. Para secar, toalha macia”, afirma Bahmad.
Inflamação
Caso a criança sinta dor ou coceira no ouvido é preciso buscar auxílio médico com urgência. “Em caso de inflamação deve-se procurar um médico otorrinolaringologista. Evite usar medicações de pingar no ouvido e a automedicação com antibióticos. Tome cuidado também com água no ouvido doente e medicação analgésica, como paracetamol ou dipirona, até o contato rápido com o médico”, diz Stênio.
Soluções duvidosas
Basta uma busca na internet (e até em algumas farmácias) para encontrar todo tipo de mecanismo para limpar ouvidos. De bambu a velas para a limpeza e até modernos aparelhos importados. “Alguns povos achavam que introduzir urina ou leite no conduto auditivo externo seria também um meio de resolver a dor de ouvido. Mas graças ao avanço da ciência, todas essas técnicas entraram em desuso, e hoje sabemos que as antigas maneiras de se higienizar as orelhas geravam um aumento do risco de perfuração do tímpano e outras consequências maléficas”, diz Bahmad. Vale lembrar que apenas um otorrino está capacitado a de fato “limpar” o ouvido e orientá-lo neste sentido. Aparelhinhos mágicos, além de desnecessários, podem se tornar um risco.
Siga as dicas dos especialistas e leves seu filho às consultas de rotina. O acompanhamento médico anual previne doenças e trata problemas logo no início.
Mosquito da dengue criou resistência a repelente, diz pesquisa
Uma pesquisa conduzida por cientistas no Reino Unido revelou que o mosquito da dengue aparentemente desenvolveu resistência a um princípio ativo presente na maioria dos repelentes atualmente comercializados no mundo, inclusive no Brasil.
A substância, conhecida como DEET, ou dietiltoluamida, é largamente empregada em repelente contra insetos, combatendo mosquitos, pernilongos, muriçocas e borrachudos. O composto age interferindo nos receptores sensoriais desses animais, inibindo seu desejo de picar o usuário.
O estudo, divulgado pela publicação científica Plos One, analisou a reação de mosquitos da espécie Aedes aegypti, vetores da dengue e da febre amarela, à substância. Os cientistas concluíram que, ainda que inicialmente repelidos pelo composto químico, os insetos depois o ignoraram.
Eles recomendaram que governos e laboratórios farmacêuticos realizem mais pesquisas para encontrar alternativas à DEET.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dengue é hoje a doença tropical que se propaga mais rapidamente no mundo. Nos últimos 50 anos, sua incidência aumentou 30 vezes, o que pode transformá-la em uma pandemia, advertiu o órgão.
Isca
Para provar a eficácia da DEET os cientistas pediram a voluntários que aplicassem repelente com DEET em um braço e soltaram mosquitos.
Como esperado, o repelente afastou os insetos. No entanto, poucas horas depois, quando ofereceram aos mesmos mosquitos uma nova oportunidade de picarem a pele, os cientistas constataram que a substância se mostrou menos eficiente.
Para investigar os motivos da ineficácia da DEET, os pesquisadores puseram eletrodos na antena dos insetos.
"Nós conseguimos registrar a resposta dos receptores na antena dos mosquitos à DEET, e então descobrimos que os mosquitos não eram afetados pela substância", disse James Logan, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, instituição que realizou o estudo.
"Há algo sobre ter sido exposto ao composto químico pela primeira vez que muda o sistema olfativo dos mosquitos. Ou seja, a substância parece mudar a capacidade dos mosquitos de senti-la, o que a torna menos eficiente", acrescentou.
Uma pesquisa anterior feita pela mesma equipe descobriu que as mudanças genéticas em uma mesma espécie de mosquito podem torná-los imunes à DEET.
"Os mosquitos evoluem muito rapidamente", disse ele. "Quanto mais nós pudermos entender sobre como os repelentes funcionam e os mosquitos os detectam, melhor poderemos trabalhar para encontramos soluções para o problema quando tais insetos se tornarem resistentes à substância".
O especialista acrescentou que as descobertas não devem impedir as pessoas de continuarem usando repelentes com DEET em áreas de alto risco, mas salientou que caberá aos cientistas tentar desenvolver novas versões mais efetivas da substância.
Para complementar o estudo, os pesquisadores britânicos agora planejam entender por quanto tempo o efeito dura depois da primeira exposição ao composto químico.
A equipe também deve estudar o efeito em outros mosquitos, incluindo espécies que transmitem malária.
Brasil
No Brasil, a dietiltoluamida está presente na maioria dos repelentes encontrados à venda. Produtos com termetrina e citronela também podem ser achados, mas em menor número.
Não é a primeira vez, entretanto, que a substância causa polêmica.
No ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu à consulta popular uma proposta de resolução para assegurar a segurança e a eficácia dos repelentes a ser adotada pelos fabricantes.
No documento, cujo objetivo era disciplinar o comércio desse tipo de produto, o órgão determinava, por exemplo, a proibição do uso de repelentes com DEET em crianças menores de dois anos, além de informar sobre a necessidade de um estudo prévio para produtos com dosagem acima de 30% para um público acima de 12 anos. Em altas dosagens, especialmente em crianças, repelentes com DEET podem ser tóxicos.
Em entrevista à BBC Brasil, Jorge Huberman, pediatra e neonatologista do Hospital Albert Einstein e diretor do Instituto Saúde Plena, sugeriu alternativas ao uso de repelentes com DEET.
"É comum que depois de algum tempo os mosquitos adquiram certa imunidade ao produto, ainda que sejam necessários mais estudos para comprovar tal tese", explicou.
"Como alternativa, as pessoas podem usar repelentes com citronela e tomar complexo B, cujo cheiro desagrada os mosquitos, além, é claro, de usar mosquiteiros", disse.
A temporada de gripe intensa deste ano nos EUA foi suficiente para fazer com que todos desejassem manter distância de quem estava tossindo ou espirrando. Mas a distância de um braço talvez não seja suficiente.
O senso comum diz que a gripe é transmitida principalmente por meio de contato próximo com pessoas ou ao tocar superfícies contaminadas. Um estudo recente de cientistas da Escola de Medicina Wake Forest, entretanto, mostrou que pessoas gripadas podem lançar partículas de vírus para bem mais longe do que se pensava: quase dois metros de distância.
Os pesquisadores analisaram 94 pessoas que foram internadas em um hospital com uma doença que parecia ser uma gripe. Como parte do processo de análise, os pesquisadores colocaram cada paciente em um quarto e depois coletaram amostras de ar para procurar por partículas infecciosas.
Primeiro, os cientistas se certificaram de não realizar procedimentos que pudessem espalhar os germes pelo ar, como reanimação cardiopulmonar e intubação. Em seguida, eles avaliaram os sintomas dos pacientes, incluindo tosses e espirros.
Dos 61 pacientes cujo resultado do teste de gripe foi positivo, 26 liberaram no ar partículas do vírus. Um em cada cinco foi considerado altamente transmissor, liberando em média 32 vezes mais partículas de vírus que os outros. A quantidade de vírus também foi maior e os sintomas foram mais graves nesses pacientes.
Quase dois metros
A equipe descobriu que a pessoa que fica a pouco menos de dois metros de um indivíduo infectado "fica exposta ao vírus em quantidades transmissíveis, principalmente através de pequenas partículas de aerossóis".
Conforme observou o editorial que acompanha o artigo no periódico The Journal of Infectious Diseases, isso ocorreu mesmo quando os pacientes "ficaram quietos e não produziram aerossóis".
Com isso, conclui-se que é possível ser infectado por pessoas gripadas mesmo que elas estejam a pouco menos de dois metros de distância.
A ligação entre dieta e incidência de acne é um tema que gera polêmica há anos. Mas uma revisão de pesquisas feitas nos últimos 50 anos indica que, sim, a associação existe. A conclusão é que alimentos com muito açúcar, além de leite, podem deflagrar ou agravar as espinhas.
Os autores do trabalho, publicado nesta quarta-feira (20) no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, sugerem que dermatologistas devem trabalhar em parceria com nutricionistas ou nutrólogos para ajudar os pacientes que sofrem de acne.
A popular espinha é provocada pela produção excessiva de sebo e também pelo acúmulo de células mortas nos poros, que causam obstrução e levam ao surgimento de pontos inflamados.
A produção de sebo tem relação com flutuações hormonais, segundo os pesquisadores. Isso explicaria por que cerca de 80% dos adolescentes sofrem com o problema, que pode deixar cicatrizes e abalar a autoestima.
Desde o século 19, pesquisas têm associado a acne ao consumo de certos alimentos - chocolate, açúcar e gordura sempre foram os vilões mais citados.
Mas estudos realizados por volta de 1960 refutaram a associação entre acne e dieta. Pelo menos dois deles, mais importantes, foram repetidamente citados em pesquisas futuras, o que mudou a visão dos especialistas sobre o assunto, explicou a principal autora da revisão, a pesquisadora Jennifer Burris, do departamento de nutrição e saúde pública da Universidade de Nova York.
A ligação entre dieta e incidência de acne é um tema que gera polêmica há anos. Mas uma revisão de pesquisas feitas nos últimos 50 anos indica que, sim, a associação existe. A conclusão é que alimentos com muito açúcar, além de leite, podem deflagrar ou agravar as espinhas.
Os autores do trabalho, publicado nesta quarta-feira (20) no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, sugerem que dermatologistas devem trabalhar em parceria com nutricionistas ou nutrólogos para ajudar os pacientes que sofrem de acne.
A popular espinha é provocada pela produção excessiva de sebo e também pelo acúmulo de células mortas nos poros, que causam obstrução e levam ao surgimento de pontos inflamados.
A produção de sebo tem relação com flutuações hormonais, segundo os pesquisadores. Isso explicaria por que cerca de 80% dos adolescentes sofrem com o problema, que pode deixar cicatrizes e abalar a autoestima.
Desde o século 19, pesquisas têm associado a acne ao consumo de certos alimentos - chocolate, açúcar e gordura sempre foram os vilões mais citados.
Mas estudos realizados por volta de 1960 refutaram a associação entre acne e dieta. Pelo menos dois deles, mais importantes, foram repetidamente citados em pesquisas futuras, o que mudou a visão dos especialistas sobre o assunto, explicou a principal autora da revisão, a pesquisadora Jennifer Burris, do departamento de nutrição e saúde pública da Universidade de Nova York.
Lava o rosto varias vezes no dia ajuda evitar a acne.
Se lavar o rosto várias vezes por dia, não terei acne. MITO: higienizar o rosto em excesso, inclusive, pode desencadear o efeito rebote: a pele reage à tentativa de ressecá-la e produz mais sebo ainda. "O exagero em lavar altera o equilíbrio hídrico", diz o dermatologista Adilson Costa, que enumera os cuidados básicos: limpar com produtos específicos para pele com acne, evitar exposição prolongada ao sol e passar sempre filtro solar adequado.
Usar maquiagem provoca o surgimento de mais cravos e espinhas.
Usar maquiagem provoca o surgimento de mais cravos e espinhas. PARCIALMENTE VERDADE: "Se a pele for muito gordurosa e a mulher usar produtos pesados, como pancake, e não específicos para seu tipo (acneica e oleosa), isso pode acontecer, sim", diz o dermatologista Adilson Costa. O colega Anderson Bertolini pondera que, hoje, existem muitos itens de make com substâncias oil free (livres de óleo) e não comedogênicas (não obstruem os poros).
Cosméticos em excesso prejudicam a pele e causam espinhas.
Cosméticos em excesso prejudicam a pele e causam espinhas. VERDADE: se uma pessoa de pele oleosa lança mão de cremes inadequados ou com efeito excessivamente hidratante, é provável que ganhe cravos e espinhas. Por isso, é muito importante, sempre, usar itens formulados especificamente para o seu tipo.
Um dos fatores que agrava o problema é o estresse.
Um dos fatores que agrava o problema é o estresse. VERDADE: "O estresse e a ansiedade não provocam, mas podem piorar o quadro", diz o dermatologista Adilson Costa, acrescentando que, nessas situações, o organismo libera radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento precoce, e substâncias pró-inflamatórios, capazes de intensificar a acne. "Além disso, cai a imunidade da pele". Anderson Bertolini lembra que ambos os estados psíquicos alteram a produção hormonal, causando um subsequente aumento da produção de oleosidade, e agravamento das lesões.
Na época da menstruacão, é comum aparecerem cravos e espinhas.
Na época da menstruação, é comum aparecerem mais cravos e espinhas. VERDADE: isso ocorre por causa da produção de alguns hormônios que estimulam as glândulas sebáceas a produzir mais sebo. "A queda do estrógeno e o aumento da progesterona resultam no incremento da oleosidade e na maior tendência ao desenvolvimento da acne em pessoas predispostas", diz o dermatologista Anderson Bertolini
Um novo estudo divulgado nos EUA mostra que o consumo de refrigerantes dietéticos não induz as pessoas a comerem alimentos mais açucarados ou calóricos, em comparação a pessoas que só bebem água.
Alguns pesquisadores desconfiavam que bebidas adoçadas artificialmente poderiam perturbar os hormônios envolvidos nas sensações de fome e saciedade, o que levaria as pessoas a comer mais. Outros teorizavam que os refrigerantes diet poderiam reforçar a preferência por sabores doces, o que se traduziria no consumo de alimentos mais calóricos.
"Nosso estudo não fornece evidências que sugiram que um consumo em curto prazo de bebidas dietéticas, em comparação com a água, aumente a preferência por alimentos e bebidas doces", escreveu a principal autora do estudo, Carmen Piernas, no American Journal of Clinical Nutrition.
Piernas, da Universidade da Carolina do Norte, e seus colegas avaliaram 318 adultos obesos ou com sobrepeso, todos eles consumindo mais de 280 calorias diárias em bebidas.
Dois terços deles foram orientados a substituírem pelo menos duas doses diárias por água. Outro terço foi orientado a adotar as bebidas dietéticas -- Coca Diet ou chá Lipton diet.
Após o período de três a seis meses, os dois grupos haviam perdido peso e passaram a consumir em média cerca de 500 calorias a menos por dia. A única diferença é que o grupo que passou a tomar mais água estava comendo mais frutas e legumes após seis meses, enquanto as pessoas que adotaram os refrigerantes dietéticos comiam menos sobremesas, em comparação aos hábitos alimentares prévios ao estudo.
"Isso é o contrário do que se esperaria se o consumo de refrigerante diet aumentasse a preferência por doces", disse o pesquisador de nutrição Vasanti Malik, da Escola de Saúde Pública de Harvard, que não participou do estudo.
Pesquisa realizada pela Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) da USP, em Piracicaba (SP), revela que o consumo de carotenoides (pigmentos de cor vermelha, alaranjada ou amarela encontrados nas células de alguns alimentos) entre brasileiros é abaixo da média considerada ideal. O consumo dessas substâncias tão importantes para a saúde é proporcional à renda e escolaridade da pessoa.
Os carotenoides também são indicadores de uma alimentação saudável e balanceada e seu baixo consumo é o reflexo de reduzida ingestão de frutas e hortaliças, consideradas fontes importantes de nutrientes e fibras.
Segundo o mestre em ciência e tecnologia de alimentos Rodrigo Dantas Amâncio, o Brasil encontra-se em uma fase de transição nutricional. Neste período, os problemas de sobrepeso coexistem com a inanição e dificuldades relacionadas à desnutrição.
"Em 2008 e 2009, os índices de déficit de peso reduziram drasticamente e a obesidade dobrou na população adulta feminina e está quatro vezes maior na população masculina adulta, se comparados com dados da década de 1970", aponta o pesquisador. Apesar de conseguir alimentar-se mais, o brasileiro não está necessariamente se alimentando melhor.
Os carotenoides podem ser consumidos a partir da ingestão de frutas, legumes e verduras, podendo contribuir para retardar e até mesmo prevenir diversos tipos de doenças e suprir a falta de vitaminas. "Os níveis prudentes de ingestão de carotenoides totais são de 9.000 a 18.000 microgramas por dia. A pesquisa revelou que a média de consumo nacional foi de 4.117 microgramas por dia, abaixo dos valores preconizados como seguros", registra Amâncio.
Para suprir o valor indicado bastaria comer um prato de salada de agrião, brócolis e cenoura e, como sobremesa, escolher uma fruta como manga ou pêssego. Entretanto, mais que apenas isso, recomenda-se o aumento no consumo destes alimentos nas refeições realizadas ao longo do dia, sobretudo quando são realizadas fora do domicílio.
O sobrepeso pode causar doenças crônicas não transmissíveis como câncer, hipertensão, doenças cardíacas e diabetes, que são as principais causas de morte no país. Enquanto isso, a carência de nutrientes na dieta pode trazer problemas como a hipovitaminose A, que consiste em uma insuficiência de vitamina A no organismo, podendo levar até mesmo à cegueira.
Para evitar tanto um extremo quanto o outro, a ingestão de carotenoides é indispensável. Segundo o pesquisador, "o consumo de substâncias bioativas, como os carotenoides (alfa-caroteno, betacaroteno, betacriptoxantina, licopeno, luteína e zeaxantina), considerados antioxidantes, podem prevenir as doenças crônicas não transmissíveis".
Alimentos como tomate e seus derivados, manga, cenoura, acerola, cajá, goiaba, mamão, abóbora, alface, agrião, couve e milho são apenas alguns exemplos de alimentos ricos em carotenoides.
A pesquisa teve âmbito nacional e o objetivo foi analisar e conhecer o consumo de carotenoides de acordo com região, sexo, faixa etária, escolaridade e Índice de Massa Corporal (IMC). Foram analisados 34.003 casos de pessoas a partir de 10 anos de idade de todo o Brasil. Os dados utilizados na pesquisa foram obtidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em parceria com o Ministério da Saúde, por meio da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009.
As pessoas consideradas obesas — cujo IMC é maior ou igual a 30 — são consideradas um grupo de risco no que diz respeito ao desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis. A pesquisa mostrou que, apesar da necessidade, este grupo não ingere nem metade da quantidade adequada. Quando é analisado o consumo de carotenoides fora do domicílio, esse é o grupo que menos ingere as substâncias, em relação ao consumo total.
Também ocorre consumo inadequado dos carotenoides entre os jovens com idade entre 10 e 19 anos. O consumo dessas substâncias é essencial principalmente nesse período da vida, em que a pessoa encontra-se em desenvolvimento e a necessidade de nutrientes que evitem futuras doenças é maior.
A pesquisa também avaliou o consumo conforme classes sociais. O resultado é alarmante: pessoas com as melhores renda e escolaridade possuem informação e recursos que as possibilita uma alimentação melhor e mais balanceada. "Já a população de baixa renda e baixa escolaridade tem consumido alimentos de elevada densidade energética (doces, refrigerantes e frituras, por exemplo) e menor custo", explica Amâncio.
Quando as regiões do Brasil foram comparadas, foi possível identificar a Norte com as menores proporções de consumo nas refeições em domicílio. Se considerar a ingestão fora do lar, esta é a zona responsável pelas maiores percentagens, em relação ao consumo total.
"O Brasil possui condições climáticas favoráveis à produção de alimentos carotenogênicos e uma biodiversidade muito rica. Mesmo assim, os alimentos típicos desta biodiversidade não estão entre os mais ingeridos pela população", observa Amâncio.
Uma preocupação do pesquisador é a substituição de alimentos como frutas e verduras por alimentos industrializados, com altos teores de açúcares, gorduras e sódio. Uma alimentação saudável é essencial para a qualidade de vida da população e a educação nutricional é uma intervenção que se faz necessária no cenário atual brasileiro.
(Com a Agência USP de Notícias)